segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Jornalismo, conversa com a Angelina, entre outras coisas

A Angelina Quintana é uma ótima jornalista. Mas me faz ficar feliz por não ter optado  fazer jornalismo. Ela fala com certo desânimo da profissão. Diz que é apaixonada, mas não cursaria de novo. Diz que gosta do que faz, mas nunca parou em um lugar só. Ah, sei lá. 

Como docente, senti os alunos que assistiam a palestra um tanto desmotivados. Penso que eles não se sentem "parte de um jornal" e por isso não se interessam tanto quanto o assunto é jornalismo. Ou talvez, o assunto que já tenha se esgotado. Temos conversado tanto sobre comunicação, mídias e jornalismo nas últimas semanas. 

Por isso que vou falar sobre outra coisa que aconteceu hoje e me fez refletir muito mais sobre jornalismo do que a conversa com a Angelina Quintana.

Estávamos eu, minha irmã (formada em jornalismo), e o Fernando (acadêmico de Letras), conversando, após a Oficina de Documentário, da prefeitura, que aconteceu a noite. Debatemos intensamente sobre a visão da linguagem (e nossa, não sei se é porque é minha irmã, mas jornalistas conseguem ser irritantes quando querem!) que os jornalistas têm e os professores/pesquisadores da área de Letras têm. A visão dos gramáticos, a visão dos linguistas...

São raras as vezes que eu me sinto tão animada com alguma coisa quanto quando eu falo sobre o que eu faço e o que eu estudo. Eu acho que o estudo da língua, da literatura, de tudo que o curso de Letras abrange é a coisa mais incrível do mundo. Tive só 2 meses e meio de aula, mas sinto como se tivesse feito isso durante minha vida toda.

Depois da discussão, o Fernando fez um comentário pra mim, no facebook: "te ver empolgada com discussoes que nem a que tivemos na parada é a prova que tu se achou no curso!"

Sinto o maior orgulho quando ouço alguém falar assim. Ou quando falam "tu tem cara de professora" ou ainda "tu tá no caminho certo". Não sei se é um motivo para ter orgulho, mas me sinto muito, muito feliz por ter essa certeza de que eu quero realmente fazer o que eu estou fazendo e de que as outras pessoas também notam isso.

Sinto saudade das aulas. Quero que voltem logo. :( Penso que, ok, eu tenho essa certeza de que é o que eu quero e tudo mais, mas e os meus colegas? Tínhamos acabado de ingressar na universidade. Quem não tinha muita certeza do que queria, acaba por desistir...

Espero que a greve termine logo.


PS: Meu relato está confuso e... confuso. Estou realmente muito cansada hoje, fiz atividades que exigiram muita reflexão durante os 3 turnos do dia. Queria muito colocar no "papel" tudo que aprendi, vi, vivenciei e conversei durante o dia de hoje e não consegui. Mas penso que o importante é eu levar esse aprendizado comigo e ir fazendo associações ao longo dessas reflexões.

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